As ferramentas interpretativas no Ecoturismo
Dentro do mercado turístico do
cenário globalizado a qual estamos inseridos vem se destacando o turismo com
prefixo eco.
Chegamos ao século XXI e a
Terra “encolheu”, o homem adquiriu “asas” podendo viajar mais longe, mais
rápido e com maior frequência do que jamais pensará, modificando as percepções
sobre o espaço, criando assim um público sedento por lugares que lhes despertem
sentimentos que foram depreciados pelo sistema desenvolvimentista vigente.
O ato de interpretar dentro
dos processos turísticos se tornou um dos principais segmentos para
consolidação dos anseios deste mercado – o de proporcionar experiências agradáveis
– levando a valorização de espaços e a sensibilização das pessoas envolvidas. A
interpretação dentro do contexto turístico se transformou em uma arte de
comunicar informações e emoções a partir de distintos meios, desde imagens ao
textual, passando pelo uso de sons e aromas.
O interpretar
transfigurou-se em meio de agregar valor a um espaço determinado, seja ele uma
cidade histórica ou um parque natural, sons clássicos podem fornecer clima
propicio a visita a uma instituição religiosa, uma cidade histórica ou museus, por
exemplo. Painéis e placas bem estruturados em uma trilha interpretativa com
infraestrutura adequada cria um lócus de possibilidades para se induzir
práticas e atitudes ambientalmente corretas e proporcionar um tempo prazeroso
em família.
Com isso, as estruturas
interpretativas, (seja no espaço em que estiver) se tornam de grande valia ao
turismo, ao servirem como meio de fornecimento de informação e representação
que realça a história e as características culturais e ambientais de determinado
lugar, colocando o visitante na posição de mero apreciador neste processo.
Maquete ilustrativa do Parque Nacional Aparados da Serra - RS |
Mais que informar, as
estruturas interpretativas revelam um novo mundo ao visitante, mostrando
significados, instigando emoções e estimulando a curiosidade do turista,
podendo transmitir tais percepções através de placas, painéis, folders, mapas,
maquetes. Acresce-se a isto, o uso de guias capacitados, elevando a experiência
do visitante ao realçar a apreciação e o entretenimento de todos que para ali
se deslocam buscando momentos de lazer e informação.
Estruturas interpretativas
estáticas de exibição necessitam apresentar textos, ilustrações e
representações para provocar sensibilização e fornecer a informação que instrua
e direcione os visitantes em áreas urbanas e naturais.
Painel Interpretativo |
Desde modo placas, painéis e
letreiros carecem de seguir alguns princípios que orientam a qualidade e
conteúdo presentes nestas estruturas. O texto deve ser breve, simples e conter
mapas ou croquis e ilustrações para facilitar o entendimento do turista. Vale
ter cuidado especial quanto à altura da montagem visando facilitar o acesso de
crianças, idosos como também dos deficientes físicos.
Os painéis e placas se
apresentam como forma mais simples e eficiente de intervenção num determinado
local turístico, uma vez que orientam o fluxo de visitantes visando prover uma experiência
prazerosa aliando ainda a proteção do ambiente visitado.
Antonio Anildo Allgayer
Leonardo Pinto dos
Santos
Referências
MINISTÉRIO DO TURISMO. Ecoturismo: orientações básicas. Ministério do Turismo, Secretaria
Nacional de Politicas de Turismo, Departamento de Estruturação, Articulação e
Ordenamento Turístico, Coordenação Geral de Segmentação. Brasília: Ministério
do Turismo, 2008. 60 f.
DEGRANDI, S. M. Ecoturismo e interpretação no Alto Camaquã/RS: uma alternativa para
o (des) envolvimento local. 2011. 197f. Dissertação (Mestrado em Geografia) –
Universidade Federal de Santa Maria, 2011.
MURTA, S. M.; ALBANO, C. Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte:
Ed. UFMG, 2002.
Parabéns, a postagem está muito boa!
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