quinta-feira, 4 de outubro de 2012


As ferramentas interpretativas no Ecoturismo

 Dentro do mercado turístico do cenário globalizado a qual estamos inseridos vem se destacando o turismo com prefixo eco.
Chegamos ao século XXI e a Terra “encolheu”, o homem adquiriu “asas” podendo viajar mais longe, mais rápido e com maior frequência do que jamais pensará, modificando as percepções sobre o espaço, criando assim um público sedento por lugares que lhes despertem sentimentos que foram depreciados pelo sistema desenvolvimentista vigente.
O ato de interpretar dentro dos processos turísticos se tornou um dos principais segmentos para consolidação dos anseios deste mercado – o de proporcionar experiências agradáveis – levando a valorização de espaços e a sensibilização das pessoas envolvidas. A interpretação dentro do contexto turístico se transformou em uma arte de comunicar informações e emoções a partir de distintos meios, desde imagens ao textual, passando pelo uso de sons e aromas.
O interpretar transfigurou-se em meio de agregar valor a um espaço determinado, seja ele uma cidade histórica ou um parque natural, sons clássicos podem fornecer clima propicio a visita a uma instituição religiosa, uma cidade histórica ou museus, por exemplo. Painéis e placas bem estruturados em uma trilha interpretativa com infraestrutura adequada cria um lócus de possibilidades para se induzir práticas e atitudes ambientalmente corretas e proporcionar um tempo prazeroso em família.  
 Com isso, as estruturas interpretativas, (seja no espaço em que estiver) se tornam de grande valia ao turismo, ao servirem como meio de fornecimento de informação e representação que realça a história e as características culturais e ambientais de determinado lugar, colocando o visitante na posição de mero apreciador neste processo.
Maquete ilustrativa do Parque Nacional Aparados da Serra - RS

Mais que informar, as estruturas interpretativas revelam um novo mundo ao visitante, mostrando significados, instigando emoções e estimulando a curiosidade do turista, podendo transmitir tais percepções através de placas, painéis, folders, mapas, maquetes. Acresce-se a isto, o uso de guias capacitados, elevando a experiência do visitante ao realçar a apreciação e o entretenimento de todos que para ali se deslocam buscando momentos de lazer e informação. 

Estruturas interpretativas estáticas de exibição necessitam apresentar textos, ilustrações e representações para provocar sensibilização e fornecer a informação que instrua e direcione os visitantes em áreas urbanas e naturais.
Painel Interpretativo
Desde modo placas, painéis e letreiros carecem de seguir alguns princípios que orientam a qualidade e conteúdo presentes nestas estruturas. O texto deve ser breve, simples e conter mapas ou croquis e ilustrações para facilitar o entendimento do turista. Vale ter cuidado especial quanto à altura da montagem visando facilitar o acesso de crianças, idosos como também dos deficientes físicos.
Os painéis e placas se apresentam como forma mais simples e eficiente de intervenção num determinado local turístico, uma vez que orientam o fluxo de visitantes visando prover uma experiência prazerosa aliando ainda a proteção do ambiente visitado.

Antonio Anildo Allgayer
Leonardo Pinto dos Santos


Referências

MINISTÉRIO DO TURISMO. Ecoturismo: orientações básicas. Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de Politicas de Turismo, Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, Coordenação Geral de Segmentação. Brasília: Ministério do Turismo, 2008. 60 f.

DEGRANDI, S. M. Ecoturismo e interpretação no Alto Camaquã/RS: uma alternativa para o (des) envolvimento local. 2011. 197f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Santa Maria, 2011.                                                                        

MURTA, S. M.; ALBANO, C. Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.








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