O Turismo brasileiro enquanto setor econômico é
reconhecido como importante gerador de divisas capaz de gerar oportunidades de
trabalho e renda e de contribuir para a redução das desigualdades regionais e
sociais em diferentes pontos do nosso território, é claro que para isso
acontecer temos que ter um planejamento eficaz, ou seja, que envolva todos os
atores na atividade turística e nos lucros provenientes da mesma. E foi
pensando nisso que o governo federal criou o Plano Nacional do turismo, o qual
consiste em uma ferramenta de planejamento e ação estratégica do governo
federal, para estruturação e ordenamento da atividade turística, com respeito
aos princípios da sustentabilidade econômica, ambiental, sociocultural e
político-institucional.
Percebendo-se
toda a diversidade socioambiental que forma o território brasileiro, viu-se ai
uma possibilidade para o desenvolvimento de atividades turísticas, atividades
as quais estariam totalmente integradas às comunidades onde esta prática se
desencadearia, surgindo então uma oportunidade de desenvolvimento local para
estas pessoas que ali habitam e que passariam a usufruir dos ganhos da
atividade turística. A este processo deu-se o nome de turismo de base
comunitária, pois são serviços ofertados por comunidades locais.
Este
tipo de segmento turístico no Brasil é ainda pouco conhecido, todavia tem sido
visível como campo de estudo e como demandante de uma ação mais efetiva por
parte do poder público, para que estas comunidades até então consideradas
“atrasadas” possam ter uma nova oportunidade de renda, além de promover o
desenvolvimento sustentável local e a inclusão social, em virtude das
características peculiares da organização e estruturação dos produtos e
serviços turísticos denominados como de base comunitária, o qual levará ao
melhoramento das condições de vida das populações que ali vivem.
No Rio Grande do Sul temos alguns exemplos de turismo de
base comunitária, em
Santo Antônio da Patrulha, na zona rural de porto alegre,
além de outros locais como visitações em comunidades indígenas nas missões que
mostram o pouco da cultura mantida pelos índios missioneiros da região. Nestas
comunidades o turista tem contato com diversidades naturais e culturais. Em Santo Antônio da
Patrulha, por exemplo, o contato com a comunidade local pode ser feito de
diversas maneiras, seja nas visitas a locais de lidas rurais, nas visitas a
museus ou no conhecimento do artesanato e da culinária locais. É interessante, por
exemplo, ir à Rota da Cachaça, para degustar o aguardente típico da região e
manter boas conversas com os produtores.
XIX, essa área era ocupada por grandes estâncias e hoje se encontram
nela pequenas propriedades de expressiva agricultura familiar e agroecológica.
Aqui o visitante irá encontrar diversas possibilidades, como a canoagem,
passeios a cavalo, ciclismo, windsurfe, pescarias, acampamento em ambiente
natural, praias ou mesmo uma simples caminhada.
O turismo de base comunitária se mostra como importante
forma de sustentabilidade e aproveitamento pela população local valorizando sua
cultura e protegendo o ambiente em que habitam.
Postado por: Maiquel Rossato e Marciele Simon Carpes
REFERÊNCIAS
Fomento
ao turismo de base comunitária: a experiência do Ministério do Turismo. In: Turismo de Base Comunitária: diversidade de olhares e experiências
brasileiras. Org. Bartholo, R.; Sansolo, D.G;
Bursztyn, I.
Turismo de base comunitária como
alternativa para a Inclusão social. Maria Clara Silva Machado & Luciana Bittencourt
Villela olhares e experiências brasileiras
Parabéns pela postagem! Poderiam ter aprofundado mais um pouco esta questão, especialmente envolvendo a relação entre o TBC e a preservação do patrimônio cultural das comunidades, mas de qualquer forma, o texto está bem escrito!
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