sexta-feira, 5 de outubro de 2012

TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA


          O Turismo brasileiro enquanto setor econômico é reconhecido como importante gerador de divisas capaz de gerar oportunidades de trabalho e renda e de contribuir para a redução das desigualdades regionais e sociais em diferentes pontos do nosso território, é claro que para isso acontecer temos que ter um planejamento eficaz, ou seja, que envolva todos os atores na atividade turística e nos lucros provenientes da mesma. E foi pensando nisso que o governo federal criou o Plano Nacional do turismo, o qual consiste em uma ferramenta de planejamento e ação estratégica do governo federal, para estruturação e ordenamento da atividade turística, com respeito aos princípios da sustentabilidade econômica, ambiental, sociocultural e político-institucional.
            Percebendo-se toda a diversidade socioambiental que forma o território brasileiro, viu-se ai uma possibilidade para o desenvolvimento de atividades turísticas, atividades as quais estariam totalmente integradas às comunidades onde esta prática se desencadearia, surgindo então uma oportunidade de desenvolvimento local para estas pessoas que ali habitam e que passariam a usufruir dos ganhos da atividade turística. A este processo deu-se o nome de turismo de base comunitária, pois são serviços ofertados por comunidades locais.
            Este tipo de segmento turístico no Brasil é ainda pouco conhecido, todavia tem sido visível como campo de estudo e como demandante de uma ação mais efetiva por parte do poder público, para que estas comunidades até então consideradas “atrasadas” possam ter uma nova oportunidade de renda, além de promover o desenvolvimento sustentável local e a inclusão social, em virtude das características peculiares da organização e estruturação dos produtos e serviços turísticos denominados como de base comunitária, o qual levará ao melhoramento das condições de vida das populações que ali vivem.
No Rio Grande do Sul temos alguns exemplos de turismo de base comunitária, em Santo Antônio da Patrulha, na zona rural de porto alegre, além de outros locais como visitações em comunidades indígenas nas missões que mostram o pouco da cultura mantida pelos índios missioneiros da região. Nestas comunidades o turista tem contato com diversidades naturais e culturais. Em Santo Antônio da Patrulha, por exemplo, o contato com a comunidade local pode ser feito de diversas maneiras, seja nas visitas a locais de lidas rurais, nas visitas a museus ou no conhecimento do artesanato e da culinária locais. É interessante, por exemplo, ir à Rota da Cachaça, para degustar o aguardente típico da região e manter boas conversas com os produtores.


Em Porto Alegre o projeto abrange 11 bairros da zona rural da cidade denominada rururbana ou periurbana, que ocupa 30% do município. No século
XIX, essa área era ocupada por grandes estâncias e hoje se encontram nela pequenas propriedades de expressiva agricultura familiar e agroecológica. Aqui o visitante irá encontrar diversas possibilidades, como a canoagem, passeios a cavalo, ciclismo, windsurfe, pescarias, acampamento em ambiente natural, praias ou mesmo uma simples caminhada.

    



O turismo de base comunitária se mostra como importante forma de sustentabilidade e aproveitamento pela população local valorizando sua cultura e protegendo o ambiente em que habitam.

Postado por: Maiquel Rossato e Marciele Simon Carpes



REFERÊNCIAS

Fomento ao turismo de base comunitária: a experiência do Ministério do Turismo. In: Turismo de Base Comunitária: diversidade de olhares e experiências brasileiras. Org. Bartholo, R.; Sansolo, D.G; Bursztyn, I.

Turismo de base comunitária como alternativa para a Inclusão social. Maria Clara Silva Machado & Luciana Bittencourt Villela olhares e experiências brasileiras

Um comentário:

  1. Parabéns pela postagem! Poderiam ter aprofundado mais um pouco esta questão, especialmente envolvendo a relação entre o TBC e a preservação do patrimônio cultural das comunidades, mas de qualquer forma, o texto está bem escrito!

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