Ecoturismo e Educação
Ambiental
A relação de dominação que os
seres humanos estabeleceram com a natureza, resultado de um pensamento gerado
pela modernidade, resultou em uma crise ambiental vivenciada atualmente. Esta relação de dominação promoveu um
afastamento entre homem e natureza e este afastamento resultou na exploração
desmedida dos recursos naturais em nome de um desenvolvimento econômico,
caminhando assim para esta crise ambiental.
Todavia, após as décadas de 1960
e 1970 emergiram novas questões ambientais de revalorização da natureza e
proteção dos recursos naturais. Começaram a aparecer idéias de um
desenvolvimento sustentável como uma forma de reaproximação entre homem e
natureza. Esta valorização do ambiente é resultado de uma difusão de um
pensamento ambientalista que, aliado à degradação das condições de vida nas
grandes cidades vem estimulando um retorno e uma revalorização da natureza e
das tradições locais por parte das populações urbanas. Os grandes centros
urbanos são caracterizados pela poluição visual e sonora, a violência e o
congestionamento, o que acaba provocando um desgaste físico e mental das
pessoas. Como forma de amenizar as agressões do continente urbano uma grande
parcela das viagens de férias passou a ter como destino o meio natural. Esta
nova forma de turismo foi favorecida por uma série de fatos, entre eles se
destaca a importância e necessidade de conservação ambiental, a busca de uma
melhor qualidade de vida e a necessidade de realização de práticas diferentes
do cotidiano.
Neste contexto uma das formas do
homem se aproximar da natureza é através do Ecoturismo. O Ecoturismo
configura-se como uma tipologia de turismo nova, tendo como principal
característica o aproveitamento do patrimônio natural de forma sustentável,
buscando sua proteção por meio da sensibilização e da educação ambiental.
Segundo Wearing; Neil (2001) o Ecoturismo pode ser descrito como um turismo
interpretativo, de mínimo impacto, discreto, em que se busca conservação, o
entendimento e a apreciação do meio ambiente e das culturas visitadas. A
palavra “interpretativo” denota a importância das atividades ecoturísticas
estarem voltadas à educação ambiental. A
educação ambiental é um estilo de educação e esta é aplicada através normas e
ações educativas para a realização de determinados conhecimentos, atitudes e
valores na formação das pessoas que estão preocupadas com a conservação
ambiental. O propósito fundamental da educação ambiental é aproximar os
visitantes das questões ambientais. Então, a educação ambiental e uma atividade
educativa que se propõe revelar significados e inter-relações por meio de uso
de objetos originais, no contato direto dos visitantes com o ambiente. Este
contato direto visa estimular o público para o entendimento e conscientização
sobre o meio natural e o seu objetivo básico é revelar os fenômenos naturais,
seus significados e relações.
Dessa forma, o Ecoturismo vem ser
uma atividade que valoriza os aspectos ambientais visando a satisfação das necessidades
educacionais e de consciência ambiental de turistas que buscam um turismo
diferente, alternativo às condições atuais da vida urbana. E esta consciência
ambiental é adquirida através da educação ambiental que busca novas perspectivas
sobre o meio natural que precisa ser preservado e regenerado.
Referências:
- BOLÓS, M. De. Manual de ciência Del Paisaje Teoria,
métodos y aplicationes. Barcelona: Ed Masson, S.A. 1992
- DEGRANDI, S. M.; FIGUEIRÓ, A.
S. Ecoturismo e Conservação do Patrimônio Natural: um caminho para o (des)envolvimento?.
Revista Geografia, Ensino &
Pesquisa. Disponível em: < http://cascavel.ufsm.br/revistageografia/index.php/revistageografia
>.
- OLIVEIRA, SUÊNIA. C. C.; MELO,
R. S. As trilhas do Jardim Botânico Maranhão (João Pessoa – PB) como recurso
para interpretação ambiental. Caderno
virtual de turismo, Vol. 9 Núm. 2, 2009, pp. 113-125. Universidade Federal
do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=115412528010
>
- WEARING, S.; NEIL, J. Ecoturismo: impactos, potencialidades e
possibilidades. São Paulo: Editora Manole, 2001.
Por: Luiz Paulo Souza e Lucas
Pettine.
Luiz Paulo e Lucas: O texto está bem construído e fundamentado; todavia, o formato está um pouco "pesado" para quem lê, não se constituindo em nada muito atrativo. Da próxima vez, procurem alternar o texto com imagens que ajudem a aprofundar e exemplificar o que está sendo discutido!
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